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Qual é o futuro da TV paga com os serviços de streaming?

A TV por assinatura, antes tão desejada, começou a ser vista como um item sem tanta importância.

Futuro da TV paga

Com a chegada da internet, muitos serviços foram inventados e algumas práticas consolidadas começaram a sofrer.

O jornal impresso é um exemplo.

Outro, é a TV paga.

A TV por assinatura, antes tão desejada, começou a ser vista como um item sem tanta importância.

De fato, o streaming chegou com força. Netflix e Amazon Prime, por exemplo, caíram rapidamente na graça do público. O serviço de streaming tem dois diferenciais que colocam a TV paga em maus lençóis.

O primeiro, claramente é o valor. Dificilmente conseguimos um plano de TV por assinatura por menos de R$100. O segundo está na praticidade. Todo conteúdo ofertado pelo streaming pode ser pausado e assistido quando o usuário quiser.

Por outro lado, a TV paga oferece o que muitos streamings ainda não conseguiram ou nem vão tentar. Os programas ao vivo cativam muitas pessoas e esse pode ser o grande trunfo da TV paga.

TV paga x streaming

O futuro das produções cinematográficas está no streaming e para infelicidade das empresas de TV por assinatura, o futuro já chegou e com isso estão perdendo grande espaço no mercado.

Pelo menos é isso que mostra um relatório publicado pela Ampere Analysis, que verificou que em 29 países, a quantidade de pessoas que assinam serviços de streaming, já passa o de usuários de TV por assinatura.

Praticidade do serviço streaming

Um serviço de streaming é prático. Basta ter um smartphone e acesso a internet (sem considerar os casos de baixar o conteúdo antes), independentemente da onde esteja, poderá assistir o que deseja, sem ter que separar um horário para isso.

A crise da TV paga

O mercado de TV paga teve o seu pior ano na história em 2019. A perda de base foi de 10%, quase 1,8 milhão de clientes a menos.

Toda as operadoras perderam clientes, e o ritmo mensal de queda registrado ao longo do ano não dá sinais de melhora.

Como diagnóstico, podemos elencar três fatores. Há uma combinação de inadequação do produto à realidade econômica de boa parte da população.

Além disso, a sociedade passa por um processo de transformação tecnológica e de hábitos de consumo. E, por fim, um forte aumento da pirataria.

Regulamentação da TV paga

Um primeiro aspecto crítico da indústria de TV paga diz respeito ao marco legal e regulatório do setor. A TV paga, no seu modelo tradicional, possivelmente é o setor bem regulado.

Há 25 anos, desde a extinta Lei do Cabo, o setor carrega canais obrigatórios (TVs abertas, canais do Legislativo, executivo e Judiciário). Há quase 20 anos, desde a criação da Ancine em 2001, o setor de TV paga é compulsoriamente contribuinte do fomento ao audiovisual nacional. Há quase 10, desde que o marco legal atual foi criado (Lei do SeAC, de 2011), há obrigações de conteúdo nacional.

Maior flexibilidade

 A TV por assinatura é hoje organizada em canais e os canais são acomodados em pacotes, sem muita flexibilidade para se quebrar esta estrutura pré-estabelecida.

É algo que nove entre 10 pessoas de fora da indústria reclamam.

Mas há uma razão para essa lógica: a prioridade da TV por assinatura sempre foi a diversidade de conteúdos disponíveis, pois isso é o que diferenciava a TV paga da TV aberta.

Porém, essa flexibilização de escolha do cliente pelos canais que deseja assinar seria um ótimo ponto de mudança para as operadoras de TV por assinatura.

Deixar um pacote fechado, com vários canais que o contratante não vai assistir, não torna o produto atraente.

A saída da TV paga

Nesse contexto desfavorável, as empresas têm investido em uma segmentação maior de pacotes oferecidos e em promoções vantajosas para atrair e fidelizar clientes.

A principal medida das operadoras de TV por assinatura foi de reduzir o preço da mensalidade dos pacotes e oferecer mais canais.

TV paga ou streaming, o que vale mais?

Não podemos esquecer que muitas famílias não farão a opção de TV paga ou streaming apenas pelos serviços ofertados. É claro que muitas famílias escolherão uma ou outra por conta do valor mensal.

Enquanto a maioria dos streamings saem por menos de R$50, a TV paga será cobrada aproximadamente R$90 um pacote mais simples.

Agora, pensando no serviço, cada um deve priorizar pelo que mais assiste. Se você não é grande entusiasta da programação dos canais de TV a cabo e procura um serviço para assistir filmes e séries na hora que quiser, talvez um serviço de streaming seja a melhor opção para você.

Mas, para ter o streaming funcionando legal, é importante ter uma internet boa.

Agora, se você prefere ter mais opções de programas ao vivo, sua escolha deve ser pela TV paga. Além disso, a TV a cabo valoriza a liberdade de poder alugar filmes que não estão na programação de vez em quando.

Por isso, quando você for escolher entre as duas opções, leve em consideração o preço do serviço e pese também as suas preferências na hora de assistir os conteúdos ofertados.

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