A coisa funciona mais ou menos assim: você decide começar a se exercitar após uma vida de sedentarismo, corre em busca de um bom tênis masculino ou feminino com o que há de mais moderno em tecnologia, acorda cedo, pula da cama e começa uma sessão de corridas ou caminhadas que será como o passaporte para a imortalidade.
O problema é que, muitos não sabem, mas cada indivíduo possui características anatômicas diferentes no que diz respeito à conformação dos seus pés, o que faz com que a escolha de um modelo de tênis, que proteja ou preserve os seus movimentos durante uma atividade, tenha que ser parte fundamental desse ritual.
Essa configuração faz com que os tipos de pisadas dividam-se em “pronada”, “supinada” e “neutra”; com cada uma sendo capaz de afetar de diferentes modos a estrutura musculoesquelética do corpo.
O que pode resultar em distúrbios nos calcanhares, deformidades nos pés, problemas de quadril, alterações na rotina do sono, entre inúmeras outras consequências de uma agressão constante à estrutura dos membros inferiores durante uma sessão de exercícios.
Pisadas neutras, supinadas e pronadas
Indivíduos que possuem a chamada pisada “supinada” tendem a utilizar a parte externa do pé durante uma corrida.
Nesse caso, o calcanhar é a parte mais exigida, e a pisada termina com uma força maior sobre o dedo mindinho.
Para esses, o recomendado são os tênis com um sistema de amortecimento robusto, além de um eficiente controle de estabilidade.
Já a pisada pronada é uma característica da metade da população mundial. E aqui o problema está no fato de que a parte interna do pé é a primeira (na direção do dedão) a tocar o solo.
O resultado é que, durante uma corrida ou atividade física, você realizará pequenas rotações e torções no pé; o que pode ser amenizado pelo uso de um tênis com um sistema de amortecimento mais simples, além de um bom controle de estabilidade.
A pisada neutra é a menos problemática. Na verdade ela é considerada uma pisada correta, em que a parte externa do calcanhar toca inicialmente o solo, para terminar com a parte frontal do pé.
Aqui as exigências são poucas: um tênis com um leve amortecimento será o suficiente, além de um bico mais largo e confortável para a preservação dos pés no final da pisada.
Os riscos de utilizar um tênis inadequado
Enquanto a Adidas não cumpre a sua promessa de colocar no mercado os tênis fabricados sob medida, por meio de um scanner capaz de fazer toda a leitura das características dos pés do usuário, o recomendado é a escolha de um modelo que se adeque às suas características anatômicas, além de peso, idade, modalidades de exercícios praticados, entre outras características.
Isso porque um dos resultados imediatos de uma escolha errada é o desenvolvimento da famigerada “fascite plantar”, geralmente como o resultado do uso de calçados mais rígidos, e que ainda acabam, por tabela, provocando lesões na coluna, joelhos, quadris, tendões, entre diversas outras partes do corpo.
Outras consequências quase inevitáveis de um escolha errada são o desenvolvimento de calos nos pés (devido ao excesso de atrito), bolhas (no caso de tênis muito apertados), rachaduras (pelos mesmos motivos), além de inúmeras outras consequências.
Portanto, a dica aqui é capricho na escolha do tênis!
E conheça bem as características da sua pisada, a constituição anatômica dos seus pés e consulte sempre um bom ortopedista, a fim de que ele lhe indique as melhores práticas para os cuidados com os pés durante a prática de exercícios físicos.
Além, obviamente, de descartar tênis muito velhos, apertados e que já não possam mais oferecer um bom sistema de amortecimento.
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