Logo em seguida ao nascimento são feitos procedimentos essenciais para o bom desenvolvimento do bebê, por meio de um prognóstico precoce como a triagem neonatal auditiva que serão observadas quaisquer alterações funcionais.
Este exame é feito já nos primeiros dias de vida, habitualmente no segundo ou terceiro dia após nascimento, onde inclusive tem base por meio de lei, proibindo que nenhum recém-nascido saia da maternidade sem que sejam feitos os exames obrigatórios.
No caso de bebês nascidos fora da maternidade, o período estipulado para que os procedimentos, sejam feitos até os três primeiros meses de vida.
Como é feito o exame da orelhinha?
O teste é indolor e geralmente é feito enquanto o bebê dorme, o profissional fonoaudiólogo utiliza um instrumento produtor de estímulos sonoros leves e moderados, denominado de Emissor Otoacústico Evocado, ele irá medir o retorno que esses estímulos provocam dentro da cavidade do ouvido interno, se houver qualquer tipo de alteração, serão indicados outros exames complementares para averiguação mais profunda da alteração.
Existem diversos graus de deficiência auditiva, e geralmente em todos os casos existem tratamentos específicos, de acordo com estudos a ocorrência de problemas auditivo em bebês nos primeiros dias de vida é na proporção de 3%. O que ao primeiro momento parece ser um índice pequeno, porém em comparação ao teste do pezinho que tem a probabilidade em torno de um caso a cada dez mil crianças nascidas vivas.
Quais os principais problemas auditivos?
Como causa dos problemas auditivos em recém-nascidos, temos as doenças genéticas, malformações congênitas e também por meio de doenças infecciosas que possam vir a atingir a mamãe gestante como a toxoplasmose e a rubéola.
Portanto, o teste da orelhinha é tão essencial pois consegue detectar ainda precocemente qualquer disfunção no funcionamento auditivo e permite que se possa iniciar o quanto antes um tratamento adequado, o qual irá dar elementos para que a criança possa ter um bom desenvolvimento da audição e da fala, dentro das limitações existentes.
O tratamento é feito pelos profissionais otorrinolaringologista e também fonoaudiólogo, ambos com capacitação em reabilitar crianças com diversos níveis de perda auditiva.
A função auditiva e consequentemente da fala, são primordiais para aos seres humanos, pois é através dessas funções que são feitas as percepções dos sons que nos circundam. Para o bebê a audição será essencial para a construção de reconhecimento da mãe e posteriormente para o desenvolvimento da fala.
O sentido da audição é primordial para o pleno desenvolvimento da linguagem, para as crianças que por ventura tenham algum tipo de disfunção auditiva, existem tratamentos que podem ser iniciados já em tenra idade, os quais tem como objetivo minimizar os danos causados por essa disfunção.
Sendo assim, o teste da orelhinha vem como um facilitador no diagnóstico precoce de eventuais problemas auditivos e irá facilitar a introdução de um tratamento adequado. Por isso a importância que o teste da orelhinha tem e deve ser feito ainda na maternidade.
Alguns recém-nascidos apresentam essa alteração no sistema auditivo devido as situações que já foram descritas acima, como também devido as seguintes situações:
- Prematuridade do bebê
- Casos de surdez na família
- Baixo peso do recém-nascido, especificamente abaixo de 1,5 kg
- Sejam portadores de síndromes como Alport, Pendred, Waardenburg ou lábio leporino
- Má formação na face e na região da orelha
- Tratamento para câncer
- Doenças no bebê como herpes, sífilis, HIV, citomegalovírus ou rubéola
- Se o bebê sofreu algum tipo de traumatismo craniano
- Uso indevido de antibióticos ainda na maternidade
O encaminhamento do bebê com problemas auditivos, como já mencionado, é feito para um especialista otorrino o qual irá dar início à reabilitação auditiva imediatamente, o que será um diferencial para o tratamento de seu filho.
Quando ocorre um erro no diagnóstico no teste da orelhinha, o que fazer?
Pode ter situações onde o recém-nascido não seja aprovado no teste da orelhinha, porém ele não tem nenhum tipo de problema auditivo, isso pode ocorrer devido a existência de um líquido na cavidade média auricular ou um vernix caseoso na área de conduto auditivo e até mesmo a existência de cerúmen, estas alterações poderão dar um prognóstico errado no teste.
Sendo assim é importante que sejam refeitas as avaliações de função auditiva regularmente e também que seja agendada uma consulta com um especialista para que o acompanhamento mais aprofundando seja feito.
Por meio do teste PEATE automático ou Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático é reavaliada a condição auditiva do bebê.
Outro exame mais profundo para acompanhar a disfunção no sistema auditivo é feito por meio do BERA, ele irá trazer mais detalhes sobre a audição do bebê, verificando as intensidades sonoras que o bebê recebe, o limiar auditivo.
Da confirmação de déficit auditivo, a criança será acompanhada por uma equipe multidisciplinar: fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas, onde a reabilitação auditiva irá ser implementada.
Quanto antes for iniciada a reabilitação melhor serão os resultados no que diz respeito ao desenvolvimento da linguagem e global da criança.
A melhor maneira de cuidar da saúde de seu filho é por meio da prevenção, na maternidade é obrigatório por lei a aplicação do teste da orelhinha, porém no decorrer do tempo continue observando seu bebê.
Verifique como ele reage a estímulos auditivos, chame-o com frequência, converse com seu neném e a qualquer movimentação de que há distúrbios, vá imediatamente a um consultório médico para fazer as análises e acompanhamentos necessários.
No consultório o médico pediatra irá fazer alguns testes complementares para detectar possíveis deficiências auditivas, na confirmação de qualquer alteração será indicado o uso de um aparelho auditivo, feito sob medida para seu filho.
Entender que a prevenção é o melhor caminho para trazer melhor qualidade de vida a seu filho é essencial.
E faço um convite especial: compartilhe esse artigo com suas amigas e comente aqui embaixo se você conhece algum caso de alteração auditiva em bebês.
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